segunda-feira, 24 de maio de 2010

A parcimônia é o vício dos virtuosos, mas também é vício a preponderância. Trata os elogios a ti como devem ser tratados.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Morosofia, que é. I

Há tempos tenho lido livros que tentam falar comigo.
Dias atrás, lia o "Elogio da Loucura" de Erasmo quando me deparei com uma palavra que paracia explicar o que todas aquelas leituras tentavam me dizer.
A palavra, de origem grega, na verdade é duas:
Moria: Um termo raramente usado para definir um estado mental marcado pela frivolidade, jovialidade; uma incorrigível tendencia de fazer graça; a inabilidade de levar qualquer coisa a sério.
Sofia: Conhecimento, sabedoria.
A Loucura de Erasmo usa essa palavra quando se refere ao aos filósofos que, amantes da razão, caluniam os loucos, porém, presos à sua condição de humanos, são também loucos, e como segue no livro, Morósofos ou sábios-loucos.
Este é um termo bonito demais para ser apenas isso. Durante alguns dias essa palavra ecoava na minha cabeça até, repentinamente me vi sentado à uma mesa, rodeado de conceitos dispostos a serem os pais de uma nova concepção. Estavam presentes o Terrorismo poético, o Beat, o Budismo, as Artes, a Mitologia, o Erisianismo, a Ordem não estava presente e a Razão parecia bêbada, entre estes, outros que falavam tão alto quando os anteriores, na outra ponta da mesa, sentava-se a única que estava em silêncio, a Loucura.
Ela olhava fixamente para mim com um sorriso de trama e dizia muitas coisas sem falar uma só palavra, quando interrompeu o olhar, voltou sua cabeça para cima, onde a Lua brilhava cheia. Antes que eu pudesse perceber, estava em pé na superfície do satélite, que não é deserto, para minha supresa, a Lua é a cidade onde moram aluados de todos os tempos, chamei essa cidade de Moria e recebi convites para voltar outras vezes.
Fechei os olhos, quando abri novamente, me sentava sozinho num bloco de concreto no topo de uma colina, vestido com roupas de bobo da corte eu sabia que aquele era meu trono, onde reis se curvavam perante mim pedindo que lhes ensinasse a rir.
Fechei os olhos novamente e a Loucura voltou, desta vez eu estava num lugar todo branco, sem fim, sem chão ou teto, então a Loucura falou:
-Este é o vazio e é teu verdadeiro mundo. Trouxe-lhe aqui como um presente. Todas as pessoas são donas desse lugar. Ensina à elas o caminho. Escreva.
Bem, aqui estou.
Eu não sou um messias, mas aprendi coisas que homens de todos os tempos tentam dizer e vejo os tolos comentendo os mesmo erros em busca dessas palavras.
Palavras estas que são O Messias, não uma pessoa, eu vim apenas para cantar sua chegada.